sexta-feira, 24 de junho de 2011

Hackers derrubam sites do governo e divulgam dados de políticos.

 

 

Surgiu na imprensa uma nova doença: a patologia anti-hacker. Os ataques direcionados a sites e sistemas de banco de dados do governo federal levou a uma epidemia no noticiário nacional a respeito dos grupos de hackers. Muitas das notícias que foram produzidas não passam de erros brutais de informação. Na prática, tudo o que se sabe é que um ataque de requisição tirou do ar alguns sites do governo federal, como o site da presidência e o do IBGE.

A outra hipótese é a de que, junto com isso, servidores de bancos de dados tivessem sido violados. O governo negou de pronto, e os organizadores do movimento – o LuIzSec Brazil, braço local da organização internacional LuIzSec – reagiu divulgando dados pessoais de políticos como a presidente Dilma Rousseff, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e o do Rio Eduardo Paes.

Alguns dos dados divulgados eram de domínio público; constavam, por exemplo, do registro de candidaturas junto a Justiça Eleitoral. Não houve confirmação da validade dos outros dados, e é muito difícil precisar como foram conseguidos. Mas apenas essas divulgações foram o suficiente para gerar um clima de instabilidade quanto à segurança dos registros de cidadãos comuns.

Como se não bastasse, o perfil do presidente da Câmara, Marco Maia, foi invadido. O mal intencionado invasor publicou uma foto sensual no micro-blog que foi apagada algum tempo depois pela assessoria de imprensa do deputado. No lugar, foi postada uma nota avisando sobre a invasão da conta, cuja senha era de conhecimento de mais duas assessoras com exceção de Maia.

Parece que tudo é muito grave, mas não é! O governo brasileiro sofre dezenas de ataques todos os anos e informações pessoais são roubadas de empresas a todo o momento (mais grave é a quebra de sigilo realizada por gente dentro do alto escalão). O que não quer dizer que o Gabinete de Segurança Institucional não deva depreender algum esforço na tentativa de melhor garantir os dados que lhes passados pelos contribuintes.

É só que, da próxima vez que você for ler uma manchete sobre o assunto (como neste blog), lembre que ele não está em destaque por causa de sua importância crucial a nação, mas porque é feriado e, nesses dias, falta pauta que o substitua.